

Officium Ensemble
O esplendor da Polifonia Portuguesa. Da idade de ouro da criação musical em Portugal.
19 SET‘25 – 19h / Sep 19th’25 – 7pm
Convento de São Pedro de Alcântara
São Pedro de Alcântara Convent
iniciativa / initiative Égide.
O Officium Ensemble apresenta um programa inteiramente dedicado à música inédita da Sé de Évora, revelando a riqueza da chamada “geração de ouro” da polifonia portuguesa. O destaque recai sobre obras de Estêvão Lopes Morago (c.1575–c.1630), mestre de capela da Sé de Viseu e uma das figuras mais expressivas da escola eborense, cujas composições foram recentemente transcritas para notação moderna pelo musicólogo José Abreu (Universidade de Coimbra). Entre elas, ouve-se pela primeira vez em época moderna o impressionante Caligaverunt oculi mei, a 8 vozes, testemunhando a ousadia retórica e a densidade expressiva da escrita policoral portuguesa. O programa completa-se com obras de Duarte Lobo, Filipe de Magalhães, Manuel Cardoso e Estêvão de Brito, sublinhando os diálogos criativos entre Évora, Lisboa e outras capitais ibéricas no apogeu da Renascença.
Officium Ensemble tem-se estabelecido como um dos mais proeminentes grupos vocais portugueses dedicados à música antiga. A pureza do som que lhe é característico advém do trabalho de fusão, emissão e equilíbrio que o grupo tem desenvolvido desde a sua criação, sob a direcção de Pedro Teixeira. Aliados a esta característica, o empenho e expressividade dos seus cantores têm levado Officium Ensemble a ser aclamado pelas suas performances marcantes. Recorrendo com frequência a impressos e manuscritos da época, o grupo prima pelas suas actuações historicamente informadas. Officium Ensemble actua regularmente em festivais de música antiga, tais como: Jornadas Internacionais Escola de Música da Sé de Évora, Festival Música em São Roque, Terras sem Sombra, Dias da Música (CCB), Festival de Órgão de Lisboa, Festival Internacional de Música de Marvão, Cistermúsica, Festival Laus Polyphoniae (Antuérpia) e o Festival de Música Antiga de Utrecht - Oude Muziek.
Officium Ensemble gravou para o canal Mezzo e os seus concertos são frequentemente retransmitidos pela Antena 2. Em 2018 voltou aos festivais internacionais de música antiga de Utrecht e de Antuérpia e integrou a programação do Festival de Arte Sacro de Madrid, em 2019. Em 2021, tornou ao Festival Estoril Lisboa juntamente com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, e actuou no Festival Internacional de Música Antiga de Úbeda y Baeza, em Espanha. Em 2022 e 2023 actuou novamente no Festival Oude Muziek de Utrecht, e em 2023 no Festival Internacional de Música y Danza de Granada, Espanha. Gravou recentemente dois álbuns dedicados a Estêvão de Brito e Lopes Morago, dando voz a repertório ainda não gravado, e também a obras inéditas em tempos modernos.
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Officium Ensemble
Pedro Teixeira, direção
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PROGRAMA
Asperges me – Estêvão Lopes Morago (c.1575 – c.1630)
Missa Dominicalis, a 5 – Estêvão Lopes Morago
Commissa mea, a 6 – Estêvão Lopes Morago
Missa Dominicalis – Estêvão Lopes Morago
Audivi vocem, a 6 – Duarte Lobo (1565–1646)
Missa Dominicalis – Estêvão Lopes Morago
Commissa mea, a 6 – Filipe de Magalhães (c.1571–1652)
Hierusalem surge, a 4 – Estêvão Lopes Morago
Aquuam quam ego dabo, a 5 – Manuel Cardoso (1566–1650)
Caligaverunt oculi mei, a 8 – Estêvão Lopes Morago
Seniores populi, a 8 – Estêvão Lopes Morago
Vidi Dominum, a 8 – Estêvão de Brito (1570–1641)

apoio / support
apoio institucional / institutional support