À volta de Bach...

CONCERTO COMENTADO
com António Carrilho, flauta de bisel
e Luísa Tender, piano

1 MAI ‘25 – 19h
Convento de São Pedro de Alcântara

Uma iniciativa Égide.

Os músicos António Carrilho e Luísa Tender reúnem-se para apresentar um programa com obras de J. S. Bach, comentado por ambos com foco nas interrogações que (des)orientam este duo. E se Bach entrasse aqui? O que acharia desta combinação de flauta de bisel e um piano moderno? Exclamaria, talvez, 'escrevi estas sonatas para outros instrumentos - o que estão a fazer?!' Ou, quem sabe, talvez ficasse encantado pelas sonoridades que criamos, nós e tantos, a partir dos textos musicais que nos deixou. Textos com vida própria, que evoluíram com a passagem do tempo, mas aos quais voltamos sempre. Um pouco como quem revisita um maravilhoso edifício antigo, mas não abandonado. Haverá luz eléctrica e partituras no i-Pad. Aqui e hoje, num lugar de História. O público pode fazer-nos perguntas, mas a algumas não saberemos responder...senão com Bach.

programa: J. S. Bach

Sonata BWV 1027 em Sol maior,
flauta de bisel e piano

Prelúdio e fuga BWV 848 em Dó sustenido menor
(Caderno I do Cravo Bem Temperado), piano solo

Partita em Lá menor, BWV 1013,
flauta de bisel solo

Sonata BWV 1028 em Ré maior,
flauta de bisel e piano

António Carrilho

flautista
flauta de bisel

  • Concertista, criador conceptual de conteúdos, pedagogo e director musical, António Carrilho divide a sua atividade musical entre a flauta de bisel e a direcção, abrangendo um repertório que vai desde a Idade Média até à música dos nossos dias. Foi solista com as orquestras; Gulbenkian; Sinfónica Portuguesa; Metropolitana de Lisboa;  Orchestrutopica, Den Norsk Katedralenensemblet (Noruega); Sinfonietta de Lisboa; Divino Sospiro; Os Músicos do Tejo; Barroca de Haifa (Israel); Sinfónica da Póvoa de Varzim; Barroca de Nagoya (Japão); Orquestra de Cascais e Oeiras; Concerto Balabile (Holanda); Orquestra de Câmara da Madeira, e premiado nos concursos Internacionais Recorder Moeck Solo Competition (Reino Unido) e Recorder Solo Competiton of Haifa (Israel). 

    Tocou em estreia absoluta dezenas de obras em contexto a solo, em música de câmara e como solista com orquestra, tendo gravado muito deste repertório.  

    É director musical de La Nave Va ; de La Paix du Parnasse - membro da associação de Grupos Españoles de Música Antiga; Syrinx : XXII - membro da associação Chamber Music America; membro de Borealis ensemble; director musical de Milles Regretz ensemble apresentando-se regularmente em importantes festivais na Europa, América e Ásia. 

    Dirigiu cantatas de J. S, Bach e G. Ph. Telemann, e as óperas “Dido e Eneias” e “The Fairy Queen” de Henry Purcell: “La Descent d'Orphée aux Enfers” de Marc-Antoine Charpentier; “La Serva Padrona” de G. B. Pergolesi, “ La Dirindina” de D. Scarlatti; “Don Quichotte chez la Duchesse” de J. B. de Boismortier;  “Venus e Adonis” de J. Blow, “Arlechinatta” de A. Salieri; “Orfeo” de C. Monteverdi e “Orfeo e Eurydice” de C. W. Gluck. Dirigiu a estreia de “Cortes de Júpiter” com texto de Gil Vicente e música de Filipe Raposo, no Centro Cultural de Belém.

    Gravou para as etiquetas: Codax;  Encherialis;  Numérica; Naxos;  Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Amazonas; mpmp; Portugaler;  dialogos; Arte France/ RTP. Ministra o curso de flauta de bisel nos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus (co-director), tendo orientado cursos e estágios em países como Portugal, Países Baixos, Espanha, Austrália, Estados Unidos da América, Alemanha, Itália, Índia, Japão e Brasil. Lecciona Flauta de bisel e Música de Câmara em Polytechnic University de Castelo Branco,  sendo coordenador do departamento de Música de Câmara e fazendo parte da comissão científica do Mestrado em Música. 

    António Carrilho é Licenciado e Mestre pelo Conservatório Real de Haia - Países Baixos e é especialista em flauta de bisel e em música de câmara pelos Institutos Politécnicos de Lisboa, do Porto e de Castelo Branco.

Luísa
Tender

pianista

  • Luísa Tender nasceu no Porto, onde estudou piano com Anne-Marie Mennet, Pedro Burmester e Helena Sá e Costa. Entre 1997 e 2000, foi aluna de Vitalij Margulis em Los Angeles; e posteriormente de Irina Zariskaya, no Royal College of Music em Londres, onde obteve o grau de Master of Music. Recebeu também o Diplôme Supérieur d’Exécution em piano na École Normale de Musique de Paris. É doutorada pela NOVA FCSH na área do Ensino e Psicologia da Música.

    O seu primeiro CD (Bach and Forward, edição de autor, Londres 2009) foi Escolha do Mês na revista britânica Classical Music. O seu segundo trabalho discográfico, Página Esquecida, um cd duplo com obras portuguesas para violoncelo e piano com Bruno Borralhinho (Dreyer & Gaido, Berlim, 2009), recebeu também os melhores elogios em publicações da área da Música (Fanfare, Strings Magazine, Das Orchester, entre outras). 

    Gravou a integral das sonatas para piano de J. D. Bomtempo (Naxos/Grand Piano, 2019), um trabalho que teve grande destaque na imprensa internacional especializada (Ritmo, Music Web International, Stretto, Musikalifeiten). A Revista espanhola Ritmo dedicou-lhe um longo artigo de capa intitulado «Tiempo para Bomtempo – Luísa Tender». Luísa publicou ainda, em co-autoria com Manuel Pedro Ferreira, o livro O pescador de sons (Lisboa, CESEM, 2019), entretanto também publicado em língua alemã (2023). A propósito de um dos seus concertos, o London Independent descreveu-a como «a natural Beethovenian». 

    Lecionou na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE). Reside em Lisboa. É Professora Titular de Piano na Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART-IPCB), onde coordena o Mestrado em Música. É presidente da assembleia-geral da EPTA-Portugal (European Piano Teachers Association).

    Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian.

Fotografia de António Carrilho por Olivier Perrin
Fotografia de Luísa Tender por Tiago Nunes

apoio institucional