

De 25 a 27 de agosto de 2023, a Égide – Associação Portuguesa das Artes – promove, em coorganização com a associação Lar Doce Ler, a primeira edição do Alentejo World Heritage Festival.
Realizado na encantadora vila alentejana de Cabrela, localizada a cerca de uma hora de Lisboa, este evento pretende levar uma oferta cultural de excelência a um território de baixa densidade populacional.
A primeira edição aposta artisticamente no diálogo entre as três principais tradições musicais da península ibérica – o cante alentejano, o fado e o flamenco –, todas abrangidas pelo estatuto de Património Cultural Imaterial da Humanidade, conferido pela UNESCO.
Assim, no dia 25, pelas 22h00, no Largo Pascoal Coelho, decorre um serão de Cante ao Luar de Cabrela. Nesse âmbito, os habitantes de Cabrela, reunidos no Coro Participativo de Cante de Cabrela, são convidados a juntar-se ao Grupo Coral Fora d’Oras, vivendo com o público uma noite de celebração e partilha onde serão cantadas algumas das melodias mais emblemáticas do património do Cante Alentejano. Este espetáculo resulta do workshop desenvolvido durante a semana pelos próprios habitantes de Cabrela. A segunda parte do concerto é assegurada por Celina da Piedade. Compositora, acordeonista e cantora, tem levado a sua criatividade aos mais variados contextos, da música de tradição a um sentir mais contemporâneo e universalista, passando por toda a riqueza do Cante Alentejano, mas também pela energia da folk e da música pop.
O dia 26 acolhe dois espetáculos muito especiais. Às 19h30, no palco principal, instalado na Herdade da Bandôga, entre fardos de palha e um pôr do Sol típico do Verão quente do Alentejo, acontece um grande concerto de Fado, Flamenco e Cante Alentejano. Os protagonistas são Sara Correia, Luís Trigacheiro, Duquende (cantor de flamenco que colaborou durante 20 anos com o guitarrista Paco de Lucia), a companhia Barcelona Flamenco Ballet, o Trio de Daniel Bernardes, Os Músicos do Tejo e o Grupo Coral Fora d’oras, que atua conjuntamente com o Coro Participativo de Cante de Cabrela. Logo de seguida, às 22h00, no Largo Pascoal Coelho, tem lugar um serão de “Fado Cabrela”, numa grande noite de celebração dos 35 anos de carreira do cantor João Paulo Marques.
A finalizar o festival, o dia 27 traz dois novos eventos. Às 11h00, na Casa do Povo de Cabrela, realiza-se um workshop de flamenco com os guitarristas e bailarinos da companhia Barcelona Flamenco Ballet. Às 17h00, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição alberga uma Missa Flamenca protagonizada pelos guitarristas e cantores do Barcelona Flamenco Ballet.
Concebido numa lógica de descentralização cultural, e tendo o apoio institucional e logístico da Câmara Municipal de Montemor e da Junta de Freguesia de Cabrela, o Alentejo World Heritage Festival tem um impacto nacional e, sobretudo, regional, representando um investimento superior a uma centena de milhar de euros e alcançando um público estimado em cerca de 2000 pessoas.
Workshop de Cante Alentejano
Deste workshop nascerá o Coro Participativo de Cante de Cabrela que subirá a palco nos concertos dos dias 25 e 26.
Vagas limitadas. Participação sujeita a inscrição.
22h00 Largo Pascoal Coelho
Nesta noite muito especial, os habitantes de Cabrela, reunidos no Coro Participativo de Cante de Cabrela, são convidados a juntar-se ao Grupo Coral Fora d’Oras. Em comunhão, participam, assim, num espetáculo de celebração e partilha onde serão cantadas algumas das melodias mais emblemáticas do património do Cante Alentejano. Este concerto resulta do workshop desenvolvido durante a semana pelos próprios habitantes de Cabrela. Concerto por Celina da Piedade.
19h30 Palco Principal
22h00 Largo Pascoal Coelho
11h00 Casa do Povo de Cabrela
Workshop de flamenco
Junte-se aos bailarinos e guitarristas do Barcelona Flamenco Ballet para um whorkshop de dança flamenca.
Vista roupas e calçado confortável para uma hora de dança e boa disposição com este prestigiado grupo de dança.
Vagas limitadas. Participação sujeita a inscrição no link abaixo
17h30 Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Sara Correia
Considerada “a grande voz da nova geração do Fado”, Sara Correia canta com a propriedade e força de quem cresceu neste género musical, que vive desde criança.
Para a sua profissionalização contribuiu decisivamente a vitória que, com apenas 13 anos, obteve na Grande Noite do Fado de Lisboa. Logo de seguida, é convidada para cantar numa das casas de fado mais míticas da cidade, a Casa de Linhares. Ali, teve o privilégio de cantar e aprender com os grandes nomes do fado, nomeadamente Celeste Rodrigues e Jorge Fernando.
Ainda em 2018, o seu talento captou a atenção dos realizadores Joel Santoni e Diogo Varela Silva, o que lhe valeu a participação na série Une famille formidable e no filme Alfama em Si.
Nesse mesmo ano, com o primeiro álbum editado com o selo da Universal Music Portugal, intitulado Sara Correia, a crítica considerou-a a “grande voz da nova geração”. Seguiu-se o álbum Do Coração, galardoado, em 2021, com um prémio PLAY – Prémios da Música Portuguesa, na categoria “Melhor Álbum de Fado”.
O ano de 2021 foi, aliás, importante para Sara Correia, que se viu nomeada para o mais importante prémio mundial de música, o Grammy Latino.
Luís Trigacheiro
Dono de uma voz única e poderosa que transborda portugalidade, Luis Trigacheiro é natural de Beja, cidade onde cresceu e estudou.
Aos 13 anos, interessa-se pela música, apenas como ouvinte, tornando-se fã de diversos cantores portugueses, de Rui Veloso a António Zambujo, e brasileiros, nomeadamente Caetano Veloso e Chico Buarque.
Aos 16, começa a cantar com grupos de amigos, grupos corais de jovens alentejanos onde o cante é a maior inspiração, mas onde explora também as suas principais influências fora deste género. Dois anos depois, começa a perceber que tem uma boa voz, mas o apelo da natureza fala mais alto, o que o leva a frequentar o curso de Agronomia. Paralelamente, começa, de forma autodidata, a aprender guitarra clássica.
Tudo mudaria na sua vida quando, em 2020/2021, se sagra vencedor do programa televisivo The Voice Portugal. Pouco tempo depois, em abril de 2021, vê editado o seu primeiro single em nome próprio. Desse disco, destaca-se o tema “Meu nome é saudade”, cujo videoclipe ultrapassaria um milhão de visualizações no Youtube.
Em 2023, inicia a preparação do seu segundo álbum, cuja edição está prevista para o início de 2024.


Duquende
Considerado um discípulo do famoso Camarón de la Isla, Duquende é um cantor cigano cujo talento levou o genial guitarrista Paco de Lucia a afirmar que “Barcelona tem um monstro, Duquende, que é possuidor da magia do canto, inspiração e técnica”.
Nascido numa família de tradição flamenca, aprende o flamenco desde criança. Com oito anos, Camarón de la Isla convida-o a estrear-se num palco durante um espetáculo seu.
Em 1988 e 1993, publica os seus primeiros álbuns: Fuego, primo Fuego e Duquende y la guitarra de Tomatito, com o guitarrista Tomatito.
Desde então, vem realizando uma trajetória que o tem levado às melhores salas de espetáculos do mundo, nomeadamente ao Theâtre des Champs Élysées, onde, em 1996, foi o primeiro cantor a dar um recital.
Durante vários anos foi o cantor do mestre da guitarra Paco de Lucía, acompanhando-o em todas as digressões internacionais.
Conta com uma sólida discografia de 10 álbuns com colaborações de luxo, incluindo, entre outros, Paco de Lucía, Tomatito, Cañizares e Vicente Amigo.
Na sua constante evolução, Duquende surpreende sempre pela sua inspiração e pela personalidade única que imprime aos seus cantes.
Barcelona Flamenco Ballet
Fundado em 2017 pelo coreógrafo David Gutiérrez Molina, o Barcelona Flamenco Ballet consolidou-se rapidamente como uma companhia internacional de dança flamenca, constituindo o coração do flamenco na Catalunha.
O primeiro espetáculo da companhia, intitulado “Tiempo Nuevo”, estreou em junho de 2017, em Barcelona, saldando-se por um enorme sucesso. Desde então, num percurso ainda breve, mas intenso, o Barcelona Flamenco Ballet tem somado êxitos em países como a China, Estados Unidos, Bulgária, França, Letónia, Líbano, Roménia e Sérvia.


Os Músicos do Tejo
Fundado em 2005 e dirigido por Marcos Magalhães e Marta Araújo, o agrupamento Os Músicos do Tejo tem desenvolvido um percurso assinalável no panorama europeu da música antiga.
Na sua já extensa carreira, produziu cinco óperas em parceria com o CCB, apresentou-se em inúmeros concertos em Portugal e no estrangeiro e gravou seis álbuns, sendo editado desde 2011 pela prestigiada Naxos. Também na Fundação Calouste Gulbenkian, Os Músicos do Tejo têm apresentado vários concertos.
Fora de portas, os Músicos do Tejo obtiveram em 2017 um grande sucesso no Festival de Herne, tendo ali apresentado um concerto com a participação de Joana Seara e João Fernandes, evento que teve transmissão em direto na rádio clássica alemã WDR3.
Visando reavivar o património musical português, o grupo apresentou, em 2018, a ópera, ao gosto portuguez, As Guerras de Alecrim e Mangerona e a oratória La Giuditta, de F.A. Almeida, na Temporada Música em São Roque.
São de destacar, também, programas de concerto que, fora dos modelos convencionais, cruzam a música com o teatro, a história e a literatura.
Daniel Bernardes Trio
Pianista e compositor, Daniel Bernardes tem-se afirmado como um dos músicos mais ecléticos e criativos da sua geração.
Do seu percurso formativo ligado à música erudita e ao jazz brotou uma discografia onde a espontaneidade da nota improvisada dialoga com a certeza da nota escrita em projetos discográficos como Crossfade Ensemble, Liturgy of the Birds, em parceria com o Drumming GP, Beethoven… Reminiscências, com o Coro Ricercare, e Vignette, com João Barradas e Filipe Quaresma.
Enquanto compositor, escreve para alguns dos principais solistas e ensembles nacionais, assegurando igualmente a direção musical de produções para o Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro do Bairro ou, mais recentemente, do espetáculo do centenário de Amália Rodrigues, para o Centro Cultural de Belém.
Estreia-se no cinema a convite de João Botelho, realizador com quem colabora desde Peregrinação. Na televisão, compõe a banda sonora de A Espia, uma produção Ukbar para a RTP.


Grupo Coral Fora d’Oras
Fundado em 2011, em Montemor-o-Novo, para divulgar o cante alentejano, o grupo coral Fora d’Oras começou por ter um número reduzido de elementos, mas rapidamente se transformou naquilo que é hoje.
Durante os seus 12 anos de existência, já participou em vários programas de televisão e também em vários eventos por todo o país, tendo gravado dois álbuns.
No estrangeiro, conta com atuações em França, nomeadamente em Paris e Nanterre.
Celina da Piedade
Quem já a viu em palco reconhece-lhe o imenso carisma. Celina da Piedade é compositora, acordeonista e cantora, e tem levado a sua criatividade aos mais variados contextos, da música de tradição a um sentir mais contemporâneo e universalista, passando por toda a riqueza do Cante Alentejano, mas também pela energia do folk e da música pop.
Em 2021 apresenta ao público o seu quarto disco a solo, Ao vivo na Casinha, gravado no mítico estúdio dos Xutos & Pontapés, cheio de novidades musicais e também novas versões de alguns dos temas mais emblemáticos do seu repertório.
Nos vários formatos de apresentação em palco a que nos tem habituado, seja a solo, acompanhada pela sua banda ou com convidados (como Rodrigo Leão, Tim, Vitorino, Uxia, João Gil, entre outros), acompanhada por grupos corais ou até no seu muito especial formato de concerto “Celina da Piedade e as Vozes do Cante”, desenha uma música cheia de alma e de personalidade que, em palco, ganha com a sua formidável presença e sentido de partilha artística.



N.ª Sr.ª da
Conceição
Informações Úteis
Concerto de 26 de Agosto na Herdade da Bandôga
Bilheteira
Os bilhetes para o evento podem ser comprados online, em: https://www.bol.pt/Comprar/Bilhetes/124861-alentejo_world_heritage-montemor_o_novo/, e nos pontos de venda indicados em: https://www.bol.pt/Projecto/PontosVenda
Estacionamento
Estão previstos diversos locais de estacionamento, os quais serão indicados em breve nesta página.
Circulação no recinto
O concerto decorre numa seara, circunstância que, juntamente com os artistas que vão estar em palco, o torna muito especial e praticamente único. Atendendo, contudo, ao tipo de terreno, e não obstante a existência de uma passadeira central de acesso à plateia, aconselhamos a utilização de calçado confortável e compatível com piso de terra.
Mobilidade Reduzida
O recinto em que decorre este concerto dispõe de lugares, no topo da plateia, para cadeiras de rodas. O acesso aos mesmos é, contudo, feito por terreno irregular, através de uma passadeira, pelo que se recomenda que os espectadores com mobilidade reduzida sejam acompanhados por terceiros.
Alimentação
Embora não seja permitido o consumo de alimentos durante o concerto, o recinto do festival estará equipado com uma área de venda de bebidas e comida ligeira.
Lavabos
O recinto do festival disponibiliza aos espectadores uma série de casas de banho portáteis, as quais poderão ser utilizadas durante todo o evento.
Pontualidade
O concerto começa às 19h30, abrindo as portas do recinto às 18h30. Atendendo às especificidades deste evento, nomeadamente a circunstância de decorrer numa seara, o que implica uma logística complexa, e de ser filmado pela RTP, a pontualidade dos espectadores assume extraordinária importância. Para que o público desfrute de uma experiência única e agradável, sem interrupções, os espectadores que cheguem ao recinto após o início do concerto só terão acesso à plateia quando da transição entre músicas.
Produção
Com o alto patrocínio

Apoios

Media Partner
Imagem
