Cantor (tenor)
Desde os meus 10 anos, a música vocal tem sido uma parte significativa da minha vida – os estudos no Conservatório de Música D. Dinis, a licenciatura em direção coral na Escola de Superior de Música de Lisboa, as aulas de canto com a professora Joana Nascimento e os dois anos de Coro Gulbenkian.
Todas essas e outras experiências fizeram com que optasse por seguir canto e mudar-me para a Suíça, para estudar com o professor Scot Weir, na Universidade das Artes de Zurique.
Ainda que ao longo destes anos me tenha interessado por um repertório muito variado, desde o período barroco até música do século XXI, e não querendo limitar-me a um só estilo ou época, a música alemã tem sido uma grande parte da minha vida: a canção, as oratórias e missas de Mozart, Haydn, Schumann, Mendelssohn, etc., mas em particular a música de Bach – cantatas, motetes e, num cantinho especial, os evangelistas das Paixões.
Absorver, através da experiência, diferentes abordagens e formas de trabalho tem sido algo muito importante para desenvolver uma identidade não só a nível musical, mas também pessoal. Trabalhar regularmente com os ingleses Peter Harvey e Robert Murray, e com Phillippe Herreweghe, e outros, tem-me permitido crescer e evoluir técnica e musicalmente.
A ópera, apesar de não ser uma constante, tem vindo a desempenhar um papel crescente na minha vida. Na temporada 2023/24, tenho o privilégio de integrar o elenco de The Fairy Queen, de Purcell, numa digressão internacional, juntamente com a orquestra Les Arts Florissant, William Christie e Paul Agnew, no âmbito do programa “Les Jardin des Voix”.
A Égide foi e continua a ser uma das principais motivadoras da minha carreira. Ninguém constrói nada sozinho e fazer parte desta associação é um orgulho.