Tive a sorte de nascer numa casa onde havia música. E tantos livros! O meu pai tocava piano; o meu avô, violino. Havia discos – de Monteverdi a Webern – e uma professora de piano morava ao nosso lado.
Sou curioso, a música era-me natural e logo se tornou o meu grande amor.
Nunca imaginei uma carreira musical. Tudo era brincadeira e prazer, mas desde cedo comecei a dar concertos, talvez até porque me agradasse atrair (a) atenção.
Quando recebi alguns prémios (Bach, Leipzig, 1972) a coisa começou a ficar séria. Vieram discos e a maravilhosa oportunidade de trabalhar com alguns dos mais importantes músicos do nosso tempo, lindas orquestras, tanto repertório… total gratidão!
Vivo uma relação intensa com a música, tenho mil ideias e fico contente de poder levá-las ao público.
E é maravilhoso que algo de que gosto tanto se tenha tornado no meu trabalho!
Nos momentos de alegria, a música é puro encanto; quando não há alegria, refúgio seguro.
Amo fazer música e fico feliz que as pessoas queiram ouvir.